Geração de emprego no Pará em 2007 teve o segundo melhor resultado histórico. Mineração ficou com o melhor desempenho
18/01/08
Em 2007, o Pará teve um saldo positivo de 28.003 empregos com carteira assinada, equivalente a uma expansão de 5,83% no ano. Em números absolutos, foi o segundo melhor resultado da série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego – iniciada em 1992 -, menor apenas que o ocorrido em 2004, quando se verificou a criação de 28.204 empregos (243.209 admissões e 215.206 desligamentos). No ano passado, o Pará obteve o melhor resultado da região Norte, à frente do Amazonas, com saldo de 22.584 empregos , embora o vizinho estado tenha obtido o melhor desempenho, com crescimento de 7,57%. No período de 2003 a 2007 foram gerados 117.280 postos de trabalhos formais no Pará. A atividade extrativa mineral paraense teve o melhor desempenho no ano passado, com um crescimento de 15,52% na geração de empregos, vindo depois a construção civil (10,0%), o comércio (8,64%), a agropecuária (5,75%), serviços (5,39%), serviços de indústria e utilidade pública (2,78%) e administração pública (0,29%). Em números absolutos, o primeiro lugar ficou com o comércio, com 11.112 empregos de saldo. O município de Belém teve o melhor saldo de emprego do Estado em 2007, com 7.167 postos de trabalho, mas apenas 3,71% de crescimento. Depois aparecem Tucuruí, com saldo de 3.397, e Marabá, com 2.560. Mas o melhor desempenho ficou com o pequeno município de Juruti, onde a Alcoa implanta seu projeto de produção de bauxita, com um crescimento de 82,82% na geração de empregos formais. Depois ficou Tucuruí, com 51,99%, graças principalmente à retomada as obras das eclusas. Por outro lado, Acará teve o pior desempenho do Estado, com queda de 34,36%. Em termos absolutos, Rondon do Pará ficou com a liderança negativa, ao perder 520 empregos. E a região metropolitana de Belém registrou acréscimo de 10.355 empregos formais (4,18%). Em dezembro, por razões sazonais que marcam a série do Caged (entressafra agrícola, férias escolares, período de chuvas, esgotamento da bolha de consumo no final do ano), verificou-se declínio de 0,77% no nível de emprego no Pará, em relação ao mês anterior, representando a redução de 3.967 postos de trabalho, queda inferior a ocorrida no mesmo período de 2006 (-6.464 vagas). No Brasil Em termos de Brasil, em 2007 houve a maior geração de empregos com carteira assinada da história, com a ampliação de 1,6 milhão de postos, resultado que supera o recorde de 1,5 milhão de vagas alcançado em 2004. O saldo é 31% superior ao de 2006 (1,2 milhão de vagas) e mostra que o mercado formal cresceu 5,85% ao longo de 2007 (média de 134 mil empregos por mês). `Pela primeira vez na história o crescimento do emprego é superior ao crescimento da economia. No início do ano passado eu já tinha feito essa previsão e os números de agora confirmam isso. E estou ainda mais otimista para 2008. Bateremos mais um recorde. Podem esperar`, declarou o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, em coletiva à imprensa, em Brasília. De acordo com a Assessoria de Imprensa do MTE, todos os setores econômicos apresentaram elevação no emprego no ano de 2007, com destaque para os desempenhos recordes das áreas de Serviços (587.103 postos) e Comércio (405.091), seguidos pela Indústria de Transformação (394.584), que teve o segundo melhor resultado na série histórica (o maior ocorreu em 2004, quando houve geração de 504.610 vagas). A Construção Civil foi o setor da economia que teve a maior taxa de crescimento. O saldo recorde de 176.755 empregos representou uma expansão de 13,08% no total de empregos com carteira assinada no setor – mais do que o dobro dos índices alcançados pelo Comércio (6,5%), Indústria de Transformação (6,1%) e Serviços (5,3%). A expansão do emprego ocorreu em todas as grandes regiões do país, com destaque para os resultados recordes do Sudeste (949.797 vagas) e Nordeste (204.310). As regiões Sul (300.315), Centro-Oeste (93.995) e Norte (68.975) tiveram seu segundo melhor desempenho na série histórica. Um em cada três empregos celetistas criados em 2007 foi absorvido pelo estado de São Paulo, cujo saldo recorde de 611.539 postos equivale a 38% do total de vagas de todo o país. Em seguida aparecem Minas Gerais (168.398), Rio de Janeiro (144.786 postos, outro recorde), Paraná (122.361), Rio Grande do Sul (94.324) e Santa Catarina (83.630). Em termos percentuais, Tocantins teve a maior taxa de crescimento do país: a ampliação de 7.105 postos foi o melhor saldo já alcançado pelo estado e representou uma expansão de 8,14% no setor formal.
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