Empresa brasileira brilha no exterior
14/05/07
As empresas da América Latina estão se internacionalizando em uma velocidade nunca vista na história da região. E esse movimento está sendo comandado principalmente pelas companhias brasileiras. Dados compilados pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) indicam que, somente no ano passado, as empresas das seis maiores economias latinas – Brasil, México, Chile, Venezuela, Argentina e Colômbia – destinaram US$ 40,1 bilhões para a compra de fábricas concorrentes ou para a implantação de bases produtivas mundo afora. Em relação a 2005, os desembolsos aumentaram 120%. Nas contas da Cepal, as companhias brasileiras responderam por 70% (US$ 28,202 bilhões) do dinheiro gasto no exterior para a aquisição de fábricas em 2006. Mas, apesar de inflado pela compra da mineradora canadense Inco pela Vale do Rio Doce, operação que movimentou US$ 16,7 bilhões, o resultado mostrou, na avaliação do secretário-executivo da Cepal, José Luis Machinea, que o processo de criação das chamadas “translatinas” é irreversível e só trará benefícios para a região. Ele está tão convencido disso que listou alguns dos investimentos realizados pelas empresas latinas nos primeiros meses de 2007. A Cemex, do México, arrematou o controle do grupo australiano Rinker por US$ 14,6 bilhões. A Techint, da Argentina, assumiu o comando da americana Hydril Company por US$ 2 bilhões. Para se ter uma idéia da importância que os negócios no exterior estão ganhando nas operações das empresas brasileiras, basta ver o resultado do grupo siderúrgico Gerdau nos primeiros três meses de 2007. Mais de 55% do faturamento do grupo veio das fábricas sediadas fora do Brasil.
Diário de Pernambuco