Em pauta, a exploração privada do urânio
25/09/07
Belo Horizonte, 25 de Setembro de 2007 – O presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse ontem em Belo Horizonte que a Câmara dos Deputados vai aprofundar o debate sobre a flexibilização da exploração do urânio, tal como foi com o petróleo e o gás. Ele abriu o 12 Congresso Brasileiro de Mineração, que vai até quinta-feira e reúne os dirigentes das principais empresas do ramo no País. Também presente ao evento, o deputado federal José Otávio Germano (PT-RS), presidente da Comissão de Minas e Energia da Câmara, disse que o tema já está em debate naquela comissão por iniciativa do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), que lhe encaminhou proposta autorizando a participação da iniciativa privada na prospecção e exploração do mineral. Pesquisa, lavra, produção, enriquecimento e comercialização de urânio e materiais radioativos é monopólio da União, segundo a Constituição. De acordo com o presidente do Ibram, Paulo Camilo, as empresas privadas desejam apenas extrair o minério e deixar o enriquecimento do urânio com o poder público. Segundo Camilo, o Brasil detém hoje a 6 reserva mundial de urânio, com apenas 30% da sua área territorial pesquisada. Se a flexibilização existisse há mais tempo, disse, seria suficiente para alimentar as oito usinas nucleares previstas para serem construídas no País e que não saíram do papel, exceto as duas de Angra dos Reis (RJ).
Gazeta Mercantil