Vale investe US$ 334 milhões para duplicar ferrovia Carajás
25/10/07
São Paulo – Ampliação integra pacote de recursos na área de logística que vai totalizar US$ 1,8 bilhão. Para acompanhar o aumento da produção de minério de ferro na mina de Carajás, a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) anunciou investimentos de US$ 334 milhões na duplicação de 546 quilômetros da Estrada de Ferro de Carajás (EFC) e na ampliação do porto Ponta da Madeira. O diretor do departamento de comercialização e logística da CVRD, Marcelo Spinelli, afirmou que os investimentos fazem parte do plano da companhia para a área de logística no próximo ano. A Vale prevê aplicar US$ 1,8 bilhão em ferrovia e portos. “A duplicação vem atender o grande crescimento de produção de minério de ferro nas minas da Vale em Carajás”, disse o executivo. No próximo ano, a capacidade de transporte da EFC será de 160 milhões de toneladas. A ferrovia é a maior concessionária do País em volume de transportes. Para este ano, a expectativa da empresa é movimentar 140 milhões de toneladas. Além dos investimentos na malha da Estrada de Ferro de Carajás, a Vale tem dois projetos para a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) que podem sair da gaveta no próximo ano. O primeiro deles é a construção de variante ligando a cidade de Vila Velha ao Porto de Ubu, no Espírito Santo. Serão construídos 165 quilômetros de trilhos. “Esse projeto tomou relevância depois do anúncio de uma mina da Baosteel. A alça casa com o projeto da mina e teremos carga garantida para transporte”, ressaltou Spinelli. Segundo o executivo, o projeto já está em avaliação pelo órgãos de meio ambiente do estado. “Esse processo está bem adiantado e a expectativa é que este ano já tenhamos a licença ambiental”, disse. Com a aprovação em mãos, a Vale estima a construção da variante em dois anos. Outro projeto que deve aumentar o transporte da FCA, é a reativação de 130 quilômetros da ferrovia em Pirapora (MG). “É um trecho onde não há demanda. Assim gastamos com manutenção, pois, é uma obrigatoriedade da concessão, mas não há carga”, disse. A idéia é estimular investimentos na região, principalmente, no agronegócio, para criar demanda. “O governo de Minas será nosso parceiro”. “A FCA é a ferrovia dentro da Vale que tem vocação para carga geral, para o atendimento a terceiros”.
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