AngloGold poderá lavrar novos metais
30/10/07
A recente reestruturação no quadro de gestores da AngloGold Ashanti poderá reverter- se em novas estratégias para a empresa no país. A maior mineradora de ouro do Brasil poderá iniciar a lavra de novos minerais não-ferrosos, disse ontem o vice-presidente da companhia, Agostinho Marques. “Por enquanto, são apenas estudos e ainda continuamos somente como uma mineradora de ouro”, ressaltou o executivo. Sem entrar em detalhes, Agostinho Marques ressaltou que é comum encontrar cobre e prata durante a extração do ouro. Os dois minerais poderiam ser os primeiros da lista de novos negócios da Anglo- Gold, por estarem intimamente ligados ao processo produtivo da empresa e também pela elevada cotação no mercado internacional. Em paralelo à revisão estratégica do grupo, a mineradora continua forte no seu projeto de expansão da produção de ouro no país. A empresa toca duas prospecções minerais, em Santa Bárbara e Cuiabá, visando aumentar a retirada subterrânea de ouro de suas jazidas. Os dois projetos estão orçados em US$ 105 milhões. A empresa também possui direitos minerários em Caeté, onde a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) sonda a existência de ouro. Atualmente a AngloGold extrai 12 toneladas de ouro por ano no Brasil, volume que deverá saltar para 13,5 toneladas em 2010. Toda a produção da companhia é exportada, sobretudo aos conglomerados financeiros de Nova York e Londres. O mineral teve o preço reajustado em 272% nos últimos dez anos. Minas Gerais responde por quase 40% da produção nacional, que no ano passado foi de 3.300 toneladas, segundo o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).
O Tempo