Tata Steel investe em mina na Costa do Marfim
13/12/07
A Tata Steel , quinta maior siderúrgica mundial, vai gastar US$ 1,5 bilhão no desenvolvimento da mina de Mt. Nimba, na Costa do Marfim, em seu primeiro empreendimento de minério de ferro no exterior. A mina abastecerá as usinas européias da Tata nos próximos dois a três anos, disse ontem o diretor executivo da empresa, B. Muthuraman. A Tata controla 75% do capital do projeto, enquanto o restante é de propriedade da Sodemi, empresa pertencente ao governo da Costa do Marfim.
O minério gerado pelo projeto contribuirá para baixar os custos nas usinas da Tata na Europa, que foram adquiridas como parte da compra, por US$ 13,9 bilhões, do Corus Group pelo grupo indiano, concretizada em abril deste ano. Os preços do minério de ferro regulamentados pelos contratos anuais triplicaram nos últimos cinco anos, puxados pela demanda por parte da China. O Corus importa minério de ferro e carvão, enquanto a Tata extrai em seu mercado interno o minério de ferro – o principal ingrediente da produção de aço – que utiliza.
`As margens de lucro do Corus vão subir significativamente quando o minério for remetido`, disse Vishal Chandak, analista da Emkay Share & Stock Brokers, de Mumbai. O Corus gasta um adicional de US$ 230 para produzir cada tonelada de aço em suas usinas do Reino Unido e da Holanda comparativamente ao despendido pela Tata na Índia, disse Rakesh Arora, analista do Macquarie Group, de Mumbai.
A produção conjunta da Tata e do Corus é de aproximadamente 25 milhões de toneladas de aço este ano. A capacidade deverá alcançar 56 milhões de toneladas até 2015, depois que três usinas projetadas para operarem na Índia começarem a produção, disse Ratan Tata, presidente do conselho administrativo da empresa, em julho passado. `A competitividade do Corus vai aumentar significativamente quando ele receber a matéria-prima vinda das minas`, disse Muthuraman.
As ações da Tata Steel subiram 3,4% no fechamento da bolsa em Mumbai. Os papéis dobraram de valor este ano e estão entre os de maior valorização dentre os membros do índice Sensitive, referencial para o mercado indiano.
Gazeta Mercantil