A MRN investe no desenvolvimento de índice de mensuração do crescimento das florestas replantadas
22/11/07
A Mineração Rio do Norte (MRN) tem trabalho na construção de um índice de sustentabilidade das áreas reflorestadas na Floresta Nacional Saracá-Taquera, Oeste do Pará, onde a empresa está instalada. Para o seu desenvolvimento, têm sido pesquisadas variáveis referentes à dinâmica dos reflorestamentos, à fertilidade do solo e à presença diversas espécies da fauna. ?Buscamos com isso potencializar as ações de melhoria do programa de reabilitação das áreas mineradas?, explica o gerente de HSEC da MRN, Ademar Cavalcanti.Nesse sentido, a empresa tem, ao longo dos anos, identificado espécies potenciais à recuperação das áreas mineradas, produzido anualmente 500 mil mudas de 100 diferentes espécies arbóreas amazônicas e desenvolvido um programa de monitoramento das áreas reflorestas. O investimento anual bate a casa dos R$ 5 milhões, recurso que fez do programa da MRN referência mundial para recuperação de áreas mineradas. De acordo com dados recentes apurados pelos pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), da Universidade Federal da Paraíba (UFPA), do Museu Paraense Emílio Goeldi e do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia a metodologia do reflorestamento feito pela MRN tem sido bem-sucedido. Áreas reflorestadas há cerca de 20 anos no platô Saracá – onde se encontra uma das três minas em atividade -, demonstram uma tendência evolutiva de integração das áreas reabilitadas ao ecossistema original, incluindo flora e fauna. ?Além de ser tema de teses e artigos em publicações científicas, a experiência da MRN serve de subsídio para outras empresas, agências governamentais e ONG?s que a utilizam na recuperação de ambientes alterados?, afirma Cavalcanti.Programa de reflorestamentoDe 1981 a 2006, a MRN reflorestou cerca de dois mil e quinhentos hectares, o que representa 2.300 campos de futebol. O trabalho para recompor uma floresta, começa bem antes de a bauxita ser extraída. O processo tem início com a compra de sementes em 15 comunidades ribeirinhas presentes na área de atuação da MRN. Mensalmente, os moradores recebem uma lista com a relação das espécies de semente a serem coletadas. Esta atividade envolve cerca de 100 famílias, o que gera renda e propicia melhoria das condições de vida dessas pessoas.Ao chegar ao horto florestal da MRN, essas sementes têm caminhos diversos. Parte dela é direcionada para o plantio em bancadas e depois transferida para saquinhos plásticos, quando já são mudas. Outra parte é estocada e uma terceira passa pelo processo de beneficiamento, para facilitar a germinação. Anualmente, o horto florestal produz meio milhão de mudas e adquire outras 150 mil de produtores da região, ação que também ajuda na geração de renda da população local. No reflorestamento, são usadas cerca de 100 espécies nativas da Amazônia.Epífitas ajudam na recuperação do ecossistemaApós o decapeamento vegetal, uma equipe percorre toda a área recolhendo epífitas e identificando a espécie da árvore onde se encontrava afixada. As epífitas coletadas são levadas ao horto florestal, onde são classificadas e cultivadas. De 2001 até hoje, foram coletadas mais de 14 mil epífitas de 83 espécies, sendo 56 de orquídeas, 12 de bromélias e 15 de aráceas. Uma das raridades é uma micro-orquídea que, adulta, mede um centímetro.Essas epífitas são reintroduzidas nas florestas adultas replantadas, levando em consideração a espécie da árvore de onde foi retirada. Ou seja, uma orquídea encontrada em uma castanheira, obrigatoriamente será fixada numa árvore da mesma espécie. Essa é uma ação que tem um importante papel na recomposição da floresta.Preparação do soloNo processo de decapeamento do solo para lavrar a bauxita, a primeira camada chamada de topsoil, rica em sementes, nutrientes e microorganismos, é removida e armazenada. Posteriormente, o topsoil é distribuído durante a preparação do solo das áreas que serão reflorestadas. O plantio é realizado de janeiro a abril, período do ano em que há maior volume de chuvas na região. As mudas são plantadas em espaçamento regular e distribuídas de forma aleatória na área. Cada hectare recebe em média 1.700 mudas, de 80 a 100 espécies diferentes. Para potencializar o crescimento das mudas, é adicionado ao solo adubo mineral e calcário. Caso 10% das mudas não sobreviva, é feito um replantio, substituindo as espécies mortas por outras.
Assessoria de Imprensa da MRN