Aporte em minerais faz serviço ambiental atuar a plena carga
06/02/08
Graças aos novos aportes do Brasil, principalmente das áreas petrolífera, energética e mineradora, e à adequação das empresas às leis ambientais, o mercado de serviços e equipamentos para segurança ambiental trabalha a plena capacidade, e prevê crescimento de até 50% nos próximos dois anos, impulsionado pelo anúncio de aportes pesados de empresas como Petrobras e Vale do Rio Doce, por exemplo.Devido à alta demanda nas áreas de gestão de risco e segurança à indústria, além de tratamento de efluentes, o setor ficou ainda mais otimista: há empresas brasileiras interessadas em joint ventures com estrangeiros, além de planos de atuar no mercado externo. No Brasil, a área de gestão de risco à indústria foi responsável, no ano passado, por cerca de US$ 250 milhões, conforme estima Eugênio Singer, presidente da Ecosorb – que acaba de ganhar uma licitação para a Petrobras na área de serviços off shore, para, por três anos, atender a empresa no norte da Bahia, Alagoas e Sergipe. Com estes novos serviços, a expectativa é faturar R$ 22 milhões até o final deste ano, mais que o dobro do ano anterior.Depois da descoberta da plataforma de Tupi e da expansão da Bacia de Santos, a meta do executivo é crescer ainda mais e chegar ao faturamento de R$ 100 milhões em dois anos – valor que previa faturar em cinco anos. Para ele, o segmento tem um potencial imenso no mercado brasileiro. “Estudos indicam que esse mercado mundial, com a questão de resíduos, entre fabricação de produtos para o setor e prestação de serviços, ultrapassa US$ 2 bilhões”, estima Singer, que também não descarta para o ano que vem uma possível joint venture com um grupo norueguês.Hoje, dos negócios da Ecosorb, que também é fabricante de barreiras de contenção, dispersantes, tanques e recolhedores de óleo, o que apresenta crescimento é justamente a área de serviços, no mercado interno. A empresa prevê aumento de 50% no faturamento por conta dessa forte demanda este ano, com a ênfase na área de infra-estrutura prevista no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “Quando acontece um acidente nessas plataformas, nessas indústrias, nosso faturamento acaba disparando. Mas já encontramos um novo nicho para atuar também, o de precaução desse tipo de situação”, diz Singer, que tem clientes como Associação Brasileira de Terminais Líquidos, Unipar e Grupo Ultra.TratamentoA Centroprojekt do Brasil assinou contrato com a Petrobras para a construção de uma Estação de Tratamento Condensado para a Refinaria Presidente Bernardes em Cubatão, São Paulo. A Estação atenderá ao consumo de água desmineralizada da futura Usina Termoelétrica Euzébio Rocha daquela unidade da Petrobras.A Centroprojekt atingiu a marca de R$ 179 milhões em contratos em carteira. A receita de 2007, em torno de R$ 100 milhões, representou um crescimento de 74% em relação a 2006. Com esse resultado, registrou uma evolução de 300% no faturamento em seis anos de atuação no mercado brasileiro e sul-americano. A empresa tem como acionista majoritária a Centroprojekt a.s., tradicional companhia do mercado europeu, sediada na cidade de Zlin, na República Tcheca, uma das líderes na região.Este foi o terceiro contrato de grande porte conquistado pela empresa nos últimos doze meses. Em junho de 2007, fechou contrato de fornecimento a uma Estação de Tratamento de Efluentes para a fábrica de celulose da VCP Votorantim Celulose e Papel , no Mato Grosso do Sul.”Estamos crescendo na esteira dos grandes investimentos que estão sendo feitos no País nas áreas de mineração, siderurgia, petróleo e especialmente na de papel e celulose”, diz Valdir Folgosi, diretor comercial da Centroprojekt do Brasil. “Crescemos também graças ao aumento da consciência ambiental aqui e no mundo”, acrescenta.A empresa implanta, no momento, projetos no País e na América do Sul. Para atender à crescente demanda, investe e aumenta seu quadro de profissionais altamente especializados em processos biológicos, químicos e físico-químicos, engenharia mecânica, elétrica, civil, instrumentação e automação, bem como em modernas técnicas de gerenciamento de empreendimentos. Promove também uma reorganização de sua estrutura interna, para dar cada vez mais eficiência e dinamismo ao desenvolvimento e à implantação de seus projetos.No setor de controle de poluição atmosférica, a Centroprojekt tem contrato para a instalação de quatro precipitadores eletrostáticos na planta da empresa Minerações Brasileiras Reunidas – MBR, empresa do Grupo Vale em Nova Lima, Minas Gerais – e já instalou outros quatro, fornecidos à Samarco, também uma empresa da CVRD, no Espírito Santo.
DCI