Aumento de oferta provoca queda no níquel e cobre
18/01/08
A produção mundial de níqueI cresceu e o consumo recuou nos primeiros 11 meses do ano passado, fazendo com que o metal registrasse um excedente de 94,1 mil toneladas no período, disse ontem o Grupo de Estudos Internacionais do Níquel. A produção do metal cresceu 5,1%, para 1,3 milhão de tonel a das, puxada pelo salto de 57% registrado na China, enquanto que O consumo recuou 5,8% no país, para 1,21 milhão de toneladas, disse o grupo, sediado em Lisboa, na terça-feira em relatório divulgado por e-mail, O déficit foi de 44,4 mil toneladas nos primeiros 11 meses de 2006. O preço do níquel, metal usado na fabricação de aço inoxidável, caiu 21 % no ano passado, após a demanda por parte de siderúrgicas ter recuado depois da alta de 148% registrada em 2006, quando elas reduziram sua produção. O Japão, o segundo maior usuário mundial do metal, consumiu 15% a menos no período de 11 meses, enquanto a demanda dos Estados Unidos recuou 6,9%. O consumo na China, país que é o maior produtor mundial de aço inoxidável, cresceu 30%. China, país que é o segundo maior produtor mundial de níquel, disponibilizou 189,9 mil toneladas no período. A produção da Rússia, país que é o maior produtor mundial do metal, caiu 4,7%, para 250 mil toneladas nos primeiros 11 meses de 2007. Os preços do cobre cairão nos próximos cinco anos, à medida que o crescimento da oferta superar a demanda e empresas de mineração ampliarem suas vendas da produção futura, disse a Standard Chartered Plc. O metal para entrega em três meses alcançará a média de US$ 6.125 a tonelada este ano e recuará para US$ 3.050 até 2012, informou em relatório divulgado, também na terça-feira, por email Dan Smith, analista do setor de metais do banco em Londres. A produção de cobre refinado superará a demanda em 981 mil toneladas até 2012, comparativa-mente a um déficit na oferta de 164 mil toneladas em 2006. “Após uma alta breve no primeiro trimestre deste ano, os preços do cobre nos próximos três meses devem ficar mais baixos”, escreveu o analista. “Nós também prevemos que as vendas futuras dos produtores se intensificarão, uma vez que os preços estão atualmente com um ágio substancial comparativamente aos custos.” O preço do cobre na Bolsa de Metais de Londres (LME, pelas iniciais em inglês) recuará a partir da média de US$ 7.400 nos primeiros três meses deste ano para US$ 6.250 no segundo trimestre, disse o Standard Chartered.
Valor Econômico