Cobre tem maior queda em 6 meses
04/01/07
NOVA YORK E SÃO PAULO, 4 de janeiro de 2007 – Os preços do cobre em Nova York registraram ontem a maior queda desde meados de junho do ano passado, ampliando um recuo que já dura três meses, após os gastos realizados no setor de construção norte-americano terem caído em novembro, sinalizando a redução da demanda pelo metal, utilizado na confecção de fios elétricos e tubulações hidráulicas.
;
Os gastos do setor de construção recuaram pelo terceiro mês consecutivo, puxados pela queda no segmento de imóveis residenciais, informou ontem o Departamento de Comércio dos EUA. As construtoras são as maiores usuárias de cobre, cujo preço recuou 34% em relação ao recorde de US$ 4,04 por libra-peso alcançado em maio passado. “Os gastos cada vez menores realizados no setor de construção significarão uma redução no uso de cobre”, disse Patrick Chidley, analista da Barnard Jacobs Mellet LLC. “O cobre enfrentará dificuldades este ano.”
Os contratos futuros de cobre para entrega em março recuaram para US$ 5.841 por tonelada, 5,8% na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York, essa é a maior queda percentual do metal desde 23 de junho passado, quando caiu 5,08%. O preço do metal caiu 17% no quarto trimestre de 2005, em seu maior recuo dos últimos nove anos.
Os gastos no setor de construção de imóveis residenciais recuaram 1,6% em novembro passado, em sua oitava redução consecutiva. As construtoras respondem por mais de 46% da utilização de cobre dos EUA, sendo que uma residência norte-americana média contém cerca de 400 libras-peso (181,4 quilos) do metal, segundo dados da Associação de Desenvolvimento do Cobre.
O preço do metal alcançará a média de US$ 2,49 a libra-peso este ano, disse Chidley. Essa cotação é 19% menor em relação à média de US$ 3,0572 por libra-peso de 2006.
Bloomberg News e redação – Gazeta Mercantil