Com sexta maior reserva mundial de urânio, país não pode abrir mão de energia nuclear, diz executivo
23/08/07
Rio de Janeiro – O Brasil detém a sexta maior reserva de urânio do mundo e é um dos três países que dominam todo o ciclo nuclear. Por isso, não pode abrir mão da energia nuclear para garantir o abastecimento energético necessário ao crescimento econômico e ao atendimento do consumo da população. A avalição é do presidente da Eletronuclear, Othon Pinheiro da Silva, que participou hoje (22) do 2º Seminário de Energia Elétrica e Crescimento. “Dominamos todo o ciclo do urânio, assim como o do petróleo. Do ponto de vista da energia nuclear, apenas Estados Unidos e Rússia têm situação semelhante: dominam o ciclo atômico e possuem reservas para atender à própria demanda. Este é um diferencial e uma grande vantagem que o país não pode ignorar?. De acordo com Silva, o urânio responde por 47% das reservas energéticas não-renováveis totais do país (atual e estimada), superando o petróleo (30%) e o gás natural (23%). ?Temos a sexta maior reserva mundial de urânio, embora tenhamos prospectado apenas 30% do nosso solo. Elas somam 309 mil toneladas equivalentes de petróleo, o que equivale a 238 anos de funcionamento do Gasbol [gasoduto Bolívia-Brasil] e o dobro das reservas atuais de gás da Bolívia?. Ele disse, ainda, que o Brasil deverá implementar de quatro a oito novas plantas nucleares nas próximas duas décadas, o que agregará entre quatro a oito mil megawatts de energia ao sistema entre 2016 a 2030. Segundo Silva, entre 2007 e 2030, a energia nuclear deve aumentar em até 68% em todo o mundo.
Agência Brasil