Economia chinesa cresce 11,5% entre janeiro e setembro de 2007
25/10/07
O Produto Interno Bruto da China cresceu entre janeiro e setembro 11,5% em relação ao mesmo período do ano passado, informou hoje o Escritório Nacional de Estatísticas da China. O ritmo de crescimento da maior economia em desenvolvimento do planeta se mantém alto. Houve crescimento de 11,5% no primeiro semestre do ano e 11,1% em 2006. O PIB entre janeiro e setembro chegou a US$ 2,21 trilhões. O país se aproxima assim da Alemanha, a terceira maior economia do mundo, atrás de Estados Unidos e Japão. No terceiro trimestre o crescimento foi também de 11,5%, ligeiramente inferior ao do segundo (11,9%, recorde da década), mas superior ao do primeiro (11,1%). O crescimento da economia chinesa nos nove primeiros meses do ano foi “um pouco mais baixo do que se esperava no início de 2007”, destacou o porta-voz do escritório, Li Xiaochao. O dado mais destacado foi o da inflação. O indicador disparou e chegou a uma taxa anualizada de 6% em setembro, muito acima do objetivo de 3% previsto pelo Executivo para este ano. Mas ainda é inferior ao recorde de 6,5% de agosto, o pior resultado da última década. A inflação dos nove primeiros meses do ano foi de 4,1%, com um destacado aumento dos preços da carne (29,1%) e dos ovos (26,2%). As exportações chinesas chegaram a US$ 878,2 bilhões, com alta de 27,1%, e as importações totalizaram US$ 692,6 bilhões, crescimento de 19,1%. O superávit é de US$ 185,7 bilhões, com um aumento de US$ 75,8 bilhões. A reserva de divisas chinesa, a maior do mundo, aumentou nesse período 45,1%, até US$ 1,43 trilhão. A renda per capita nas cidades aumentou 13,2%, até US$ 1.380. Nas famílias rurais, subiu mais (14,8%), mas continua inferior (US$ 443). A produção industrial se acelerou, com um valor agregado nos nove primeiros meses subindo 18,5%. Os setores que mais cresceram foram o petroleiro, siderúrgico, construção, química, têxtil e farmacêutica. Caiu a produção de setores como mineração, equipamentos para comunicações e processamento de produtos agrícolas, entre outros. Procurando promover o consumo interno para depender menos da exportação e do investimento, a China conseguiu entre janeiro e setembro elevar as vendas no em 15,9%, um total de 6,38 trilhões de iuanes (US$ 851,7 bilhões). O investimento em ativos fixos cresceu 25,7%, até US$ 1,22 bilhão. Li afirmou que o país está aumentando o investimento no sistema de seguridade social, que nos anos 80 entrou em colapso e agora está sendo recuperado. “Mais gente vai ganhar cobertura”, disse, sem fornecer números. O porta-voz afirmou que a economia chinesa ainda apresenta problemas “institucionais, sistemáticos e estruturais”, como um crescimento excessivamente rápido, inflação e alta demanda de energia.
Folha de S.Paulo