Economista Ricardo Amorim e IBRAM destacam importância da mineração para preservação ambiental e progresso socioeconômico de MG e do país
22/08/22
Ações de preservação ambiental obrigatórias e voluntárias por parte das mineradoras que atuam em Minas Gerais protegem 23% dos quase 800 mil hectares do Quadrilátero Ferrifero, local onde está concentrado o maior número de minas do país. Enquanto contribui para a preservação de 23% dessa imensa área, toda essa mineração ocupa apenas 2,95% do território do Quadrilátero.
Este foi um dos exemplos destacados pelo diretor de Sustentabilidade e Assuntos Regulatórios do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Julio Nery, para demonstrar o enorme potencial de impacto positivo da indústria da mineração no meio ambiente, em uma conversa, transmitida ao vivo, no canal LinkedIn da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), nesta 5ª feira (18/08).
Nery também pontou que mineração e qualidade ambiental são compatíveis. “A mineração é o único setor que está citado na Constituição como responsável pela recuperação das áreas onde ela trabalhou. Ao longo dos anos, o setor desenvolveu boas técnicas para reabilitar essas áreas onde, depois da mineração, ou seja, em um prazo de cerca de 40 anos, você terá a recuperação do local, de forma a ter a possibilidade de novos usos para aquela área”, afirmou.
O dirigente lembrou que esse cenário pode ser observado em muitas operações minerárias, em Minas Gerais e em outros estados. A compensação ambiental obrigatória por lei estabelece, no mínimo, preservar 3 hectares para cada 1 hectare impactado, mas as mineradoras realizam também compensações ambientais voluntárias. “E ainda tem a compensação da lei do SNUC – Sistema Nacional de Unidade de Conservação, pela qual a mineradora deve pagar 0,5% do valor de cada empreendimento, a ser destinado à regularização fundiária em unidades de conservação”, observou Nery.
A conversa entre Amorim e Nery teve por tema principal “Preservação Ambiental’ e faz parte da programação do “Tá na Live”. A gravação pode ser assistida por meio deste link.
Mineração proporciona segurança geopolítica para o país
Os dois também abordaram a importância da indústria da mineração para a economia e para a população, tanto de Minas Gerais quanto a do país. Ricardo Amorim também opinou sobre o setor mineral. Ressaltou “a importância do potencial minerador para criar segurança geopolítica ao Brasil”. Segundo ele, muitos países gostariam disso, mas não têm essa disponibilidade de minérios, portanto, ter reservas minerais é um ativo que oferece “uma vantagem muito importante para o país”, sobretudo em um momento geopolítico global conturbado, citou.
Ricardo Amorim também destacou a importância socioeconômica do setor mineral no estado de Minas Gerais. Citando um estudo, disse que se não houvesse atividade mineradora no estado a economia veria a massa salarial encolher 36%. “Seria um impacto gigantesco na população”, afirmou. Na área de construção, as habitações populares, por exemplo, teriam um aumento de custo de cerca de 30% se não houvesse atividade mineral nos níveis atuais. Amorim disse que esses exemplos enaltecem o significativo “impacto social da mineração. Ela barateia produtos; aumenta o acesso (da população à moradia); (aumenta) a renda das pessoas e a capacidade de consumo”.