Indústria de Minas vai investir R$ 20 bilhões em 2008, alta de 43%
21/12/07
Minas Gerais vai entrar 2008 de pé direito, com pelo menos R$ 20 bilhões em investimentos já programados, valor 43% maior que os R$ 14 bilhões deste ano, em vários setores da indústria, como mineração, siderurgia, automóveis e agroindústria. Injeção de recursos que deverá manter o ritmo de crescimento da produção industrial mineira registrada neste ano, que ficou em 8,6% até outubro, contra 5,9% no país. De acordo com o presidente do Sistema da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Robson Braga de Andrade, esse crescimento representou alta na taxa de emprego e no rendimento, que impulsionaram o consumo interno e a efervescência econômica, aumentando produção, vendas e importação.Mas o setor industrial se depara, agora, com mercados interno e externo aquecidos e com a produção nacional exigindo investimentos para conseguir atender à demanda apresentada. Prova disso é que o nível de utilização da capacidade instalada da indústria de transformação mineira chega a 85,8%, de janeiro a outubro, contra 82,2% do setor nacional. Na avaliação do presidente da Fiemg, essa alta taxa de ocupação demonstra a necessidade de investimentos na indústria, mas ele não acredita que isso possa gerar pressão sobre os custos, nem de preços ao consumidor. «O empresário não investe se não tem mercado, e não investe antes de o mercado acontecer. O investimento está atrelado ao aumento do consumo», ressalta Andrade.No entanto, ele não esconde a preocupação com gargalos, que ficarão mais apertados nos próximos anos, como a geração de energia elétrica. Na avaliação de Andrade, as empresas mineiras e brasileiras terão que enfrentar um período crítico entre 2009 e 2010, já que as usinas que estão sendo construídas são de pequeno porte e as maiores só começam a funcionar a partir de 2014. «Serão necessários investimentos em usinas térmicas. Não há como escapar de uma diversificação da matriz energética brasileira», destaca. Para o próximo ano, ele acredita que haverá redução da tarifa cobrada, tanto de empresas quanto de consumidores domésticos. As contas de energia, na avaliação de Andrade, poderão ter retração entre 4% a 12%.
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