Mais R$ 100 milhões para o maior setor mineiro
10/10/07
Recursos de R$ 100 milhões devem ser aplicados em Minas Gerais, nos próximos cinco anos, para custear projetos conjuntos das empresas de mineração, com o apoio e a participação de órgãos do governo estadual e universidades ligados à pesquisa, desenvolvimento tecnológico, formação de mão-de-obra e proteção do meio ambiente. Os valores são preliminares, como resultado de um programa de integração entre o setor público, a iniciativa privada e centros de pesquisa, batizado de Pólo de Excelência Mineral e Metalúrgico. O primeiro passo da iniciativa foi dado na tarde de ontem, com a assinatura da autorização do governo de Minas, que libera a Fundação de Amparo à Pesquisa no estado (Fapemig) para a instalação de um comitê gestor do programa e a elaboração de um plano de negócios. O secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Alberto Duque Portugal, informou que a inovação tecnológica será o principal foco do trabalho, mas as próprias empresas é que vão identificar as necessidades de avanço do setor. O governo de Minas já lançou outros dois pólos com o mesmo conceito: o do café, no Sul de Minas, em junho; e o do leite, na Zona da Mata, em agosto. `As regiões de produção desses setores serão mais competitivas se conseguirem atrair investimento de alto valor e conteúdo tecnológico. Para isso, precisam ser capazes de desenvolver tecnologia, ter laboratórios para certificação de métodos e processos e formar mão-de-obra qualificada`, afirma Duque Portugal.
O escritório de coordenação do programa será instalado em Belo Horizonte, para atender projetos em municípios como Ouro Preto, Mariana, Congonhas e todo o chamado Quadrilátero Ferrífero, área de forte ocorrência de minerais na região central de Minas. Segundo o diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Paulo Camillo Penna, a iniciativa é importante por atender algumas das carências das empresas da indústria mineral, independentemente do porte das empresas, a exemplo da necessidade de mão-de-obra especializada.
;`O programa representa uma soma de esforços das empresas e do setor público que evita retrabalho e vai ao encontro da inovação tecnológica que o setor está buscando`, diz o presidente do Ibram, instituição que se associou ao pólo mineral. De acordo com o gerente executivo do programa, Renato Ciminelli, a iniciativa é inédita e os recursos iniciais previstos até 2012 partiram de um diagnóstico preliminar feito em maio. O dinheiro inclui investimentos das empresas e a contrapartida dos parceiros. Entre as instituições que vão participar, estão as universidades federais de Minas (UFMG) e de Ouro Preto (Ufop), PUC Minas, Fundação Centro Tecnológica de Minas, Federação das Indústrias do estado (Fiemg), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Sebrae e Associação dos Municípios Mineradores do estado.
O Estado de Minas