Mineração 4.0: Big Data e Internet das Coisas vão aumentar a eficiência e diminuir impactos na mineração, diz painelista do e-Mineração 2023
27/06/23
Tecnologias como machine learning são usadas, por exemplo, para a modelagem de lavras com o intuito de aperfeiçoar o limite da área explorada e evitar presença humana em áreas de risco. Evento que debaterá o tema ocorrerá no próximo dia 4 de julho, 100% online e gratuito.
O avanço tecnológico na mineração vai além do aperfeiçoamento de técnicas e eficiência, mas também garante o desenvolvimento de políticas sociais, com diminuição de impacto ambiental e promoção da sustentabilidade. O tema será o centro do debate no painel “Inovação: Softwares e Automação na Mineração”, que consta na programação do e-Mineração 2023. O evento é organizado pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) e vai ocorrer virtualmente no dia 4 de julho. Clique aqui e faça sua inscrição gratuita.
Tecnologias como Big Data e Internet das Coisas já são conhecidas no contexto das cidades inteligentes e da indústria 4.0. Segundo o doutor em Engenharia Mineral e membro da BNA Mine Solutions, Beck Nader, é importante incorporar esses conceitos para a indústria da mineração no Brasil. “A tecnologia precisa ser vista não só sob o ponto de vista do aumento da lucratividade e eficiência, mas também em relação ao benefício social, na diminuição de impactos sociais e no meio ambiente”, destaca.
Hoje, aponta Nader, existem tecnologias computacionais que permitem análises mais profundas e mais rápidas, com a automação de processos. “A transmissão de dados de forma muito rápida permite fazer controle de sites remotos, inclusive, a partir de uma gestão centralizada”, exemplifica. O especialista cita também o uso de equipamentos autônomos, capazes de aumentar a eficácia e a segurança, ao diminuir a exposição do ser humano em locais de grande risco.
Outras tecnologias ajudam a prevenir acidentes e a diminuir erros estratégicos. Segundo Nader, existem projetos que buscam, por meio do controle automático, ampliar a integração entre os pontos de carga e descarga nas áreas de lavra. “Para isso, você precisa coletar muita informação em tempo real. Informação essa que precisa ser armazenada e processada por algoritmos complexos. Isso é uma aplicação que minas mais avançadas já estão tendo”, cita.
A modelagem de superfícies também é possível, com os avanços tecnológicos na área de geologia. “Começou há bastante tempo com métodos hoje já consolidados, como geoestatística, modelagem. Hoje, usamos aprendizado de máquina (machine learning) para essa modelagem da geologia. Aplica-se um conhecimento humano a uma Inteligência Artificial”, explica. O uso dessa tecnologia aprimora a precisão e a objetividade nas áreas exploradas, segundo Nader.
Por fim, o especialista entende que é necessário ampliar as parcerias entre governo, universidades e empresas, para o melhor desenvolvimento e aplicabilidade dessas tecnologias. “As grandes empresas no Brasil já estão bem avançadas. A Vale, por exemplo, já tem equipamentos autônomos. A ideia e a tendência é que isso se popularize”, diz.
“Acho que o Brasil, hoje, tem acesso a qualquer tecnologia ao nível mundial. Só que tem que pagar por isso. Eu acho que o grande gargalo é investir em pesquisa em desenvolvimento em universidades e centros de pesquisa para criar tecnologia nacional que seja mais barata. É um desafio histórico”, argumenta.
Programação
O e-Mineração terá extensa programação com diversos painéis. Para conferir o cronograma, clique no link https://ibram.org.br/evento/e-mineracao-do-brasil-2023/.
Patrocinadores
Figuram, até o momento, como patrocinadores do evento: Armac (Ouro), Make, Gestão e Treinamentos (Ouro) e Mosaic Fertilizantes (Bronze).
Apoio editorial e institucional
Apoio institucional: Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB), Associação Brasileira da Indústria de Ferramentas em geral, Usinagem e Artefatos de Ferro e Metais (ABFA), Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (ABINEE), Associação Brasileira de Engenheiros de Mineração (ABREMI), Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ), Associação Comercial de Minas (ACMINAS), Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), Sindicato das Indústrias Extrativas de MInas Gerais (Sindiextra) e Sindicato das Indústrias de Joalheria, Mineração, Beneficiamento e Transformação de Pedras Preciosas (Sindipedras)
Apoio editorial: Eae Máquinas, Revistas Mineração & Sustentabilidade e Minérios e Minerales, Conexão Mineral, Climatempo, Notícia Sustentável.
Serviço:
e-Mineração 2023
Data: 4 de julho|
Horário: 8h30 às 18h
Mais informações e inscrições em https://ibram.org.br/evento/e-mineracao-do-brasil-2023/