Nova usina da CSN em Minas ainda depende de aval do governo
14/05/07
Apesar de já ter sido dada como certa pela empresa, a instalação da nova usina de placas, com capacidade para 4,5 milhões de toneladas anuais de aço bruto, em Congonhas (MG) depende ainda de alguns ?entendimentos? entre a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e o governo do Estado de Minas Gerais. Nenhuma das partes revela quais seriam essas pendências. As conversas, no entanto, estão acontecendo. Ao mesmo tempo, a CSN afirmou ter contratado o banco Credit Suisse para estudar e realizar a venda de participações minoritárias em projetos de mineração, como a mina Casa de Pedra. A siderúrgica pretende vender de 20% a 30% da mina, também localizada em Congonhas.
Além das conversas com o governo mineiro sobre a nova usina, a empresa também está negociando com a prefeitura de Congonhas. Apesar das pendências, interlocutores do governo mineiro garantem que as negociações estão ocorrendo com ?tranqüilidade?. A expectativa é de as conversas sejam finalizadas dentro do cronograma estabelecido pela companhia.
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A confiança na viabilidade do negocio é tanta que o projeto de engenharia foi iniciado no começo do ano. Já as contratações dos serviços e a entrada dos pedidos de licença ambiental devem ocorrer em fevereiro de 2008. Logo em seguida, em julho, as obras devem ser iniciadas com previsão de conclusão para agosto de 2010.
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A terceira planta da empresa ficará na mina Casa de Pedra, ao lado do pátio de minério. A capacidade de produção será a mesma da usina de Itaguaí (RJ). Com isso, a capacidade de produção de aço bruto da CSN vai saltar dos atuais 5,6 milhões de toneladas anuais para perto de 15 milhões de toneladas, incluindo as 500 mil toneladas de aços longos que vão ser produzidas na fábrica a ser implantada dentro da Usina Presidente Vargas, em Volta Redonda (RJ).
Os nove milhões de toneladas de placas que a CSN pretende produzir a partir de 2010 serão destinados ao consumo próprio da empresa. A intenção é exportar 5 milhões de toneladas para unidades da empresa no exterior ? Europa e Estados Unidos ?, e processar no Brasil 2,5 milhões de toneladas de bobinas a quente e mais 1,5 milhão de toneladas de aços longos.
A nova usina de Casa de Pedra ou até mesmo a de Itaguaí, deverão ser as responsáveis por esses produtos, e deverão ser equipada para produzi-los. A direção da CSN tem um prazo de seis meses para definir as estratégias de aproveitamento das placas no exterior.
DCI