Tribunal discute privatização da Vale do Rio Doce
11/10/07
São Paulo. A Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) julgará hoje a reclamação que discute o destino de dezenas de ações populares contra o leilão da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), realizado no dia 6 de maio de 1997. Os ministros analisarão o voto-vista do ministro João Otávio de Noronha. O relator da reclamação é o ministro Luiz Fux. De acordo com o site do STJ, ao pedir vista do processo, o ministro João Otávio de Noronha mostrou-se perplexo com a situação jurídica da Vale do Rio Doce, a maior do país no setor de mineração. O ministro Noronha chegou a dizer: “Estamos há 13 anos discutindo o que já foi decidido na privatização. Depois ficamos bravos quando os investidores falam que no Brasil não há segurança jurídica.” Segundo a defesa responsável por ações populares, o objetivo da contestação é proteger um patrimônio público dilapidado pelos governantes. Na reclamação, a CVRD pede que o resultado de duas ações benéficas à venda da empresa sirva de parâmetro para as demais e pede a extinção de toda ação pendente na Justiça contra a privatização. Mineradora vai mudar de nome A Companhia Vale do Rio Doce (CVDR) vai mudar de nome e de logomarca a partir de novembro. A decisão foi tomada pela empresa com o intuito de reposicionar a empresa no mercado de uma forma mais compatível com seu novo tamanho e inserção no mercado internacional. O nome ainda é uma incógnita e, por enquanto, a mudança está sendo estudada por duas empresas: uma nacional e outra norte-americana. Por trás desta estratégia está o fato de a empresa estar completando dez anos de privatizada e o objetivo é romper com os laços que ainda ligam a CVRD à imagem de ex-estatal.
A Gazeta – ES