Crescimento de Minas impulsiona desempenho econômico
09/11/07
O desempenho acima da média da economia mineira foi o principal responsável pela expansão econômica da região Sudeste, como um todo, nos sete primeiros meses de 2007. Boletim divulgado esta semana pelo Banco Central traz um retrato da economia regional do país e mostra que Minas Gerais se destacou não só entre os estados do Sudeste, como também no país. A indústria de Minas foi a que mais cresceu, as exportações apresentaram resultado recorde e o Estado foi o que obteve maior crescimento no saldo de empregos gerados, no período avaliado. O agronegócio mineiro também é destaque no estudo. A produção industrial de Minas Gerais, que vem crescendo mais que a indústria nacional desde meados de 2006, aumentou 8,4% ao longo de janeiro a julho, na comparação com o mesmo período do ano passado. A média de crescimento do Brasil foi de 5,1%, sendo que em São Paulo a produção industrial cresceu nesse mesmo período 4,4%; no Rio de Janeiro, 2%; e no Espírito Santo 4,6%. Segundo análise do BC, esse dinamismo mineiro está particularmente associado à evolução da mineração, da metalurgia básica (incluindo siderurgia) e da indústria automobilística, que respondem, respectivamente, por 17%, 24% e 9% do Valor da Transformação Industrial (VTI) do Estado. Exportações – O desempenho desses setores também explica o resultado recorde das exportações mineiras. Minas Gerais registrou crescimento recorde de 20,9% nas vendas externas entre janeiro e julho, atingindo US$ 10,2 bilhões. O crescimento médio do Sudeste, nesse indicador, foi de 15,7%, sendo que o resultado de Minas foi o melhor entre os estados vizinhos. O crescimento das exportações mineiras também foi maior que a média do Brasil, que ficou em 16,9% no semestre. Segundo o relatório do Banco Central, as exportações mineiras foram favorecidas tanto pelo aumento dos embarques para os países do Mercosul e pela demanda das principais economias da Ásia e da União Européia, quanto pela elevação nas cotações de commodities metálicas e agrícolas. O setor automobilístico mineiro também foi destacado no relatório do Banco Central. O bom desempenho foi decorrente tanto de fatores externos quanto internos. Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), de janeiro a julho deste ano, a produção de Minas Gerais aumentou 35%, enquanto no país o crescimento médio foi de 30%. As vendas internas cresceram 77% no Estado, ante 40% no Brasil. Esse está diretamente ligado aos resultados do Grupo Fiat, hoje o maior fabricante nacional de automóveis. Emprego – Minas Gerais também foi o Estado do Sudeste com maior crescimento no saldo de empregos nos sete primeiros meses do ano. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego, foram criados em Minas 745.807 mil novos postos de trabalhos com carteira assinada, desde o início do primeiro mandato (jan/03 a julho/07). O saldo de empregos em Minas, representado pelo número de admissões menos o de demissões, entre janeiro e julho de 2007, foi de 187.201, superando ao verificado em todo o ano de 2006, quando o saldo foi de 152.294. O aumento no período foi de 6,3%, enquanto a média do Brasil foi de 4,4% de expansão no mercado de trabalho formal.
Jornal de Uberaba – MG