Dia do Patrimônio: pandemia torna Educação Patrimonial ainda mais desafiadora
16/08/21
A Educação Patrimonial é um importante caminho para a preservação da memória e da cultura nacional. No contexto restritivo da pandemia e em pleno Dia Nacional do Patrimônio Histórico (17/8), promover esses conhecimentos para a população tornou-se ainda mais desafiador, principalmente em comunidades com dificuldades no acesso à informação.
Segundo o Iphan, o Brasil tem 1267 bens tombados. Em Minas Gerais, conforme o Iepha, estão tutelados pelo Estado 150, sendo 11 núcleos históricos e 23 conjuntos paisagísticos, além de 7 bens registrados como patrimônio imaterial.
Diversas iniciativas estimulam a valorização da herança cultural. Apenas a AngloGold Ashanti investiu, neste ano, R$ 2,7 milhões em projetos de reconhecimento à identidade, cultura e história das cidades mineiras.
De acordo com a historiadora da AngloGold Ashanti e especialista em memória e historiografia do patrimônio cultural e identidades em Minas Gerais, Juliana Sampaio, os esforços para promover a Educação Patrimonial são importantes porque possibilitam a experiência e o contato direto com as evidências e manifestações da cultura. O objetivo é que crianças e adultos tenham conhecimento e sejam capacitados, para então se apropriarem, usufruírem e valorizarem sua herança cultural, seu patrimônio.
“Nas nossas ações, procuramos mostrar que todo o avanço tecnológico que temos hoje é fruto de acontecimentos do passado, tão importantes quanto os atuais. Despertamos o senso de pertencimento das pessoas no patrimônio, demonstrando como elas podem fazer sua parte para proteger os bens materiais e imateriais de abrangência individual e coletiva e serem multiplicadoras desse conhecimento”, explica Juliana.
Para a historiadora, aplicar a Educação Patrimonial durante a pandemia é ainda mais desafiador. Segundo ela, comunidades menores – que, em Minas Gerais, não raramente são as mais ricas em termos de patrimônio histórico – muitas vezes têm uma infraestrutura limitada para ações on-line, formato para o qual quase todas as atividades foram adaptadas.
Cases bem-sucedidos
Um dos focos de Educação Patrimonial da produtora de ouro está na sede da companhia, localizada em Nova Lima, o Centro de Memória AngloGold Ashanti. Inaugurado em 1994, o local é um espaço de preservação da história da evolução tecnológica de mina subterrânea na extração de ouro, a partir do século 19, bem como a ida dos ingleses para as regiões mineradoras.
Para a Educação Patrimonial neste novo contexto, a empresa está adaptando o material didático disponibilizado a estudantes que visitariam o Centro de Memória, mas que não podem atualmente devido à suspensão das visitas em prol do distanciamento social. São conteúdos em formato digital – um deles é um desenho animado.
Em relação à preservação de patrimônio imaterial, a companhia realiza, neste mês, os festejos de Nossa Senhora do Rosário, dentro do programa Extra-Muros. A festividade será online neste ano, e acontece na área do antigo povoado de Cuiabá, hoje instalações da AngloGold Ashanti, em Sabará, na região Central de Minas. O evento terá a participação de moradores do distrito de Pompéu, apresentação de um grupo de congado, celebração religiosa e uma palestra de Educação Patrimonial.
O antigo povoado de Cuiabá abriga duas capelas tombadas (fotos), gerenciadas pela produtora de ouro com o apoio do Iepha: Nossa Senhora do Rosário e Ermida Santa Efigênia (acesse mais informações sobre ambas, na cartilha Meu Patrimônio Minha História) .
Outra ação importante de preservação patrimonial da AngloGold Ashanti está sendo desenvolvida em Santa Bárbara e em Barão de Cocais, também na região Central de Minas. Está em processo de execução um diagnóstico para entendimento da percepção da população sobre o patrimônio, para que a companhia possa desenvolver ações de educação e preservação mais assertiva para as localidades. O relatório deve ser concluído em novembro deste ano.
Investimentos
A AngloGold Ashanti incentiva diversas iniciativas nas comunidades que a abriga, apoiando projetos de reconhecimento à identidade, cultura e história das cidades de atuação. Em 2021, foram aportados R$ 2,7 milhões em projetos destinados ao patrimônio histórico e artístico.