Diretores do IBRAM participam da cerimônia de entrega do Prêmio CBPM de Mineração 2022
14/12/22
A produtora de vanádio, Largo Resources, associada do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), e o presidente do Sindicato das Indústrias Extrativas de Metais, Metais Preciosos e Nobres, Pedras Preciosas e Semipreciosas e Magnesita do Estado da Bahia (Sindimiba) e da Largo, Paulo Misk, foram os grandes vencedores da 4a. edição do Prêmio CBPM de Mineração 2022. Na última segunda-feira (12/12), eles foram homenageados durante uma sessão solene no plenário da Assembleia Legislativa da Bahia, em comemoração aos 50 anos da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM). O encontro contou com a presença do diretor-presidente do IBRAM, Raul Jungmann, do diretor de Coordenação do IBRAM, Fernando Azevedo e Silva e do diretor de Relações com Associados e Municípios do IBRAM, Alexandre Mello.
Durante seu discurso, Raul Jungmann elogiou o vencedor do prêmio na categoria personalidade de mineração. “Para nós do IBRAM há um motivo adicional de muita felicidade, que é a homenagem ao Paulo Misk. Com mais de 30 anos na área de mineração, Paulo serviu às grandes empresas instaladas no Brasil sempre com competência, com compromisso, com dignidade e, sobretudo, com a preocupação em relação à licença socioambiental da mineração brasileira. Por isso, ele é um exemplo para todos aqueles que militam nesta área”, declarou.
O diretor-presidente do IBRAM também apresentou um panorama do setor. “A mineração brasileira, em números, responde por R$339 bilhões de faturamento no ano de 2021. Deste valor, foram arrecadados R$117 bilhões em impostos e R$10 bilhões em royalties. O setor de mineração brasileira emprega diretamente 220 mil brasileiros e brasileiras e, indiretamente, 2 milhões de pessoas”, declarou.
Segundo ele, o setor é absolutamente estratégico para o superávit da balança comercial brasileira. “Hoje, no exterior, o Brasil é conhecido como grande exportador de grãos, proteínas e minérios. Mas não é só isso. É importante destacar que se nós queremos enfrentar a crise climática, a crise que coloca a vida do planeta em risco, a crise que coloca em risco o mundo e a natureza que os nossos filhos e netos vão receber, essa luta não será possível sem os minerais que chamamos de estratégicos ou críticos. Não haverá a transição para uma economia de baixo carbono, que é essencial para continuidade da vida, se nós não contarmos com a mineração”, afirmou.
O dirigente do IBRAM acredita que não há um lugar no futuro, não apenas para uma empresa de mineração, mas também para nenhum setor se não se pensar na sustentabilidade do planeta. “Não existe algo mais imoral do que negarmos às futuras gerações um mundo e uma natureza melhor do que recebemos. E hoje venho aqui para falar sobre o compromisso do setor mineral com essa transição em prol de um futuro mais promissor para todos”, disse.
Raul Jungmann ainda lembrou do papel de destaque que tem a Bahia em todo esse cenário. “A Bahia vem se afirmando como terceiro grande polo produtor de minerais do Brasil. Não é por acaso que a Bahia detém o maior investimento na área mineral de todo país: R$ 20 bilhões. Hoje, este estado possui 400 empresas minerais atuando em território baiano, que tem 183 dos seus municípios ligados à mineração. Também, atualmente, possui 40 substâncias que são passíveis de exploração, um exemplo da diversidade mineral do Brasil. Isso não seria possível se não tivéssemos a dedicação de 50 anos da CBPM, que sem sombra de dúvidas é uma joia, um ativo que tem a Bahia e não apenas o setor mineral”, declarou.
Também estiveram presentes à solenidade Ângelo Almeida, deputado estadual da Bahia, Antônio Carlos Tramm, presidente da CBPM, Ana Cristina Franco Magalhães, que neste ato representou o governo de estado da Bahia, Carlos Henrique de Oliveira, que neste ato representou o presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), Antonio Ricardo Alvarez Alban, Cristóvão de Cássio da Trindade de Brito, diretor do Instituto de Geociência da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Carla Ferreira, gerente Regional da Agência Nacional de Mineração (ANM), , entre outras personalidades.
Sobre o Prêmio CBPM de Mineração 2022
Criado pela CBPM, o prêmio tem como objetivo reconhecer as ações de destaque das empresas mineradoras baianas e de pessoas que fazem a diferença para a mineração do estado.
Desde 2019, o Prêmio CBPM já homenageou grandes nomes do setor. Em seu primeiro ano, o destaque foi para a Ferbasa (Companhia de Ferro Ligas da Bahia) e o empresário e fundador da empresa, José Corgosinho de Carvalho Filho. Em 2020, as premiações foram para a Mineração Caraíba, atual Ero Brasil Caraíba, e seu então diretor Manoel Valério. Já em 2021 os vencedores foram a Yamana Gold, e como personalidade do ano, o eleito foi Sandro Magalhães, vice-presidente da Yamana Gold.
Por mais um ano, a votação aconteceu pelo site da CBPM, onde o público escolheu as empresas de mineração e a personalidade de mineração, mais importantes para o segmento no ano de 2022. Na categoria empresas, a Largo conquistou o primeiro lugar, com 41% dos votos; em segundo lugar ficou a Ferbasa e em terceiro a Atlantic Nickel.
Já na categoria personalidade da mineração o título ficou com o presidente do Sindimiba e também presidente da Largo, Paulo Misk, que conquistou 32,8% dos votos. Formado em Engenharia de Mina, Misk é um executivo com mais de 35 anos de experiência em gestão operacional de várias multinacionais como AMG Brasil, RHI-Magnesita e Anglo American. Sua experiência é marcada pela integração de iniciativas voluntárias em organizações pautadas pelo respeito às comunidades, às pessoas e ao meio ambiente. O segundo colocado foi o CEO da BAMIN, Eduardo Ledsham; e na terceira colocação ficou o presidente da Aratu Mineração, Fernando Carneiro.