Goldman Sachs prevê alta de 30% no preço do minério
25/09/07
Belo Horizonte – Diante da perspectiva de forte crescimento do grupo de países em desenvolvimento, que ficou conhecido pela sigla Bric (Brasil, Rússia, Índia e China), o analista do Goldman Sachs Paul Gray prevê um reajuste de cerca de 30% no preço dos minerais. Gray cita o exemplo da China que, mesmo em processo de modernização há alguns anos, ainda mantém o potencial de crescimento, tendo em vista que 60% de sua população ainda mora em zonas rurais. No caso do Brasil, além de integrar a sigla dos potenciais consumidores, o país também figura entre os grandes exportadores do material e, por isso, deverá se beneficiar dessa valorização. De acordo com a previsão do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), a indústria brasileira de mineração deverá ultrapassar este ano a barreira dos R$ 40 bilhões em volume financeiro de minério exportado – o que representará um crescimento de 11% em relação a 2006. Consumo cresce mais Os palestrantes do 12º Congresso de Mineração Brasileira são unânimes na previsão de que a demanda por minério de ferro continuará aquecida, com a China mantendo-se como carro chefe das importações. Também para outros minerais, como o alumínio, a tendência é de expansão na demanda, mesmo diante do aumento da produção chinesa. De acordo com Gray, nos primeiros meses deste ano, a China elevou em 36% sua produção de alumínio, mas o consumo subiu 40% no mesmo período. No que diz respeito ao cobre, a tendência também é positiva. Gray observa que esse mercado continua crescendo, enquanto os projetos hoje em andamento são apenas de pequenas minas, sem previsão de investimentos em novas plantas.
Para o analista, o mercado de cobre já enfrenta um déficit de oferta, que não deverá ser recuperado em menos de cinco anos, tendo em vista que novos projetos pedem um tempo de execução de, no mínimo, sete anos.
Monitor Mercantil