Governo abre a possibilidade de participação de empresas no urânio
27/09/07
Usinas Nucleares Os grandes conglomerados mineradores com atuação no Brasil receberam a primeira sinalização de que poderão atuar em urânio, uma antiga reivindicação das empresas que o governo resiste a atender. Agora, no entanto, abriu-se uma possibilidade participação privada. O projeto envolve uma reserva de fosfato no Ceará, que tem o urânio como subproduto. A idéia do governo federal é que a empresa privada entregue o subproduto à União, sob responsabilidade Indústrias Nucleares do Brasil – INB. Mesmo com essa possibilidade, as empresas vão intensificar a pressão sobre o governo federal para obter o direito de comercializar o urânio. O preço do mineral radioativo passou, nos últimos três anos, de US$ 11 para US$ 135 a libra. O direito de negociação do mineral hoje é monopolizado pela União. A intenção das mineradoras, segundo representantes do setor, é de investir em usinas nucleares. Porém, para que o Brasil passe a exportar urânio, é preciso uma mudança na legislação. Uma das maiores jazidas do País está em Poços de Caldas, no Sul de Minas. O presidente do grupo EBX, Eike Batista, que executa o projeto de construção de um mineroduto, ligando Alvará de Minas, na região central do Estado, ao porto de Açu, localizado no litoral fluminense, já deixou claras as intenções de erguer no país usinas nucleares. “As empresas têm interesse. Então, vamos acelerar junto ao governo federal e entidades produtivas os entendimentos de forma flexibilizar a lavra e pesquisa do urânio no país”, revela o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração – Ibram, Paulo Camillo Vargas Penna. Os grandes conglomerados mineradores com atuação no Brasil receberam a primeira sinalização de que poderão atuar em urânio, uma antiga reivindicação das empresas que o governo resiste a atender. Agora, no entanto, abriu-se uma possibilidade à participação privada. O projeto envolve uma reserva de fosfato no Ceará, que tem o urânio como subproduto. A idéia do governo federal é que a empresa privada entregue o subproduto à União, sob responsabilidade Indústrias Nucleares do Brasil – INB. As empresas vão intensificar a pressão sobre o governo federal para obter o direito de comercializar o urânio. O preço do mineral passou, nos últimos três anos, de US$ 11 para US$ 135 a libra. Outro produto cujos preços dispararam é a sucata. Siderúrgicas que utilizam o insumo em grande escala, como a Gerdau, já vêm sentindo esse aumento. Em média, 8% a 13% da matéria-prima que abastece os altos-fornos das siderúrgicas é sucata. Os preços nos Estados Unidos estão em um patamar elevado, de US$ 250 a tonelada. A Gerdau é a siderúrgica que mais adquire sucata ferrosa no Brasil, com cerca de 47% de toda a demanda. Em segundo lugar vem a Belgo-Mineira, do grupo Arcelor Mittal, com 33%
DCI