01/06/23

CNDI é vinculado à Presidência da República. O Conselho propõe ao Presidente políticas nacionais e medidas específicas destinadas a promover o desenvolvimento industrial do país.

O vice-presidente da República e titular do Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, recebeu, na manhã desta 5ª feira (1/6), a Diretoria do IBRAM, liderada pelo diretor-presidente, Raul Jungmann. Foi apresentada a Alckmin a agenda da mineração com os principais temas envolvendo o setor e os planos para sua expansão sustentável prevista para os próximos anos.

Jungmann e Alckmin conversaram sobre a política industrial para a mineração brasileira. Na visão do IBRAM, a união entre o setor produtivo e o governo em torno desta política contribui para estabelecer uma visão estratégica para o crescimento do setor industrial como um todo. “Uma política industrial bem desenvolvida gera resultados não apenas no campo da competitividade, mas também na geração de mais postos de trabalho e empregos com melhor remuneração”, disse Jungmann.

Raul Jungmann abordou junto a Geraldo Alckmin os principais elementos de uma política industrial para a indústria mineral: Investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D); Desenvolvimento de infraestrutura; Desenvolvimento de fornecedores locais; Incentivos fiscais e financeiros em P&D; Promoção de exportações; Financiamento da pesquisa mineral; Incentivos fiscais para investimentos em projetos de longo prazo – dedução de despesas de operação.

Neste vídeo, o ditetor-presidente do IBRAM, Raul Jungmann, fala sobre a audiência com o vice-presidente Geraldo Alckmin.

Expandir mineração gera crescimento socioeconômico e mais inovação tecnológica

Segundo o presidente do IBRAM, a indústria minerária é essencial para o crescimento socioeconômico, bem como uma das principais geradoras de inovação para as demais áreas da economia. Estratégica na dinamização de todo o setor produtivo, ela desenvolve e demanda tecnologia. O IBRAM entende que a política industrial brasileira deve ter como foco o aumento da competitividade.

A construção da política industrial deve levar em conta, segundo ele, o importante papel a ser desempenhado ao longo dos anos pela mineração em relação ao combate aos riscos climáticos. Essa indústria deve encontrar espaço para expandir a oferta de minerais críticos para a inovação tecnológica que permitirá desenvolver equipamentos e estratégias para cumprir agendas globais relacionadas às mudanças climáticas, bem como reduzir a dependência brasileira dos fertilizantes importados.

“A mineração pode situar o Brasil dentre os protagonistas globais da inovação tecnológica e da transição para uma ‘economia verde’. Além disso, pode promover o enorme potencial do país para diminuir a sua dependência externa de fertilizantes. Os minérios são essenciais para cumprir esta agenda: descarbonização e mitigação das mudanças climáticas; maior preservação ambiental; geração de energia a partir de fontes renováveis; desenvolvimento de motores elétricos; de sistemas de inteligência artificial, entre outros”, disse Raul Jungmann.

Ataques especulativos contra a mineração

Apesar de ser estratégica para o desenvolvimento e crescimento do país, a mineração sofre o que Jungmann chama de ‘ataques especulativos’ sobre suas receitas, obtidas por meio de muito investimento, profissionalismo e competitividade em relação às outras nações mineradoras. Tais ataques são representados pela criação de novos encargos sem qualquer contrapartida em termos de receita, o que prejudica todo o planejamento dos negócios do setor, desde as micro até as grandes mineradoras. O dirigente do IBRAM levou esta preocupação ao vice-presidente e ministro Alckmin para que o governo federal possa agir, por meio de políticas públicas e também nas discussões em torno da reforma tributária, para reequilibrar os cenários para a indústria da mineração, sob risco de perder investimentos ao longo dos anos.

Conselho Nacional de Política Industrial e Comercial

Na reunião, o IBRAM encaminhou solicitação e Geraldo Alckmin sinalizou para que o IBRAM passe a integrar o Conselho Nacional de Política Industrial e Comercial (CNDI), como representante oficial do setor mineral. O CNDI é vinculado à Presidência da República. Tem a finalidade de propor ao Presidente da República políticas nacionais e medidas específicas destinadas a promover o desenvolvimento industrial do País.

Raul Jungmann foi à Vice-Presidência acompanhado do vice-presidente do IBRAM,  Fernando Azevedo e Silva, e dos diretores Rinaldo Mancin e Paulo Henrique Soares.

Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias

Raul Jungmann também convidou Geraldo Alckmin a participar do painel de abertura da Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias, que será organizada em Belém, de 30 de agosto a 1º de setembro, em Belém (AM). O painel de abertura será no dia 30/8, das 18h às 20h, com o tema: O que a Amazônia oferece e o que o mundo precisa.

“O futuro do mundo está ligado ao futuro da Amazônia. Conservar a biodiversidade e combater o desmatamento depende diretamente de alternativas econômicas para as pessoas que vivem na Amazônia, para sua subsistência e desenvolvimento. É esta agenda que a moderna mineração empresarial está abraçando e quer colaborar para seu fortalecimento de forma marcante em nosso País, de forma a construir um legado para sociedade”, disse Jungmann.