IFPA Óbidos tem aula de campo sobre reabilitação de mina em Juruti
25/06/19
Estudantes e professores do curso Técnico de Florestas, do campus Óbidos do Instituto Federal do Pará (IFPA), conheceram método inovador de reabilitação de áreas mineradas aplicado no município de Juruti em visita de campo, no último dia 19 de junho. O método, chamado de nucleação, acelera o processo de formação natural do solo e busca deixar o ambiente o mais próximo do original, aproveitando solo orgânico, galhadas, troncos e raízes, e vem sendo reconhecido como referência inovadora no setor mineral.
O professor Alberto Bentes Brasil Neto, que ministra a disciplina Recuperação de Áreas Degradadas, destacou a importância de poder realizar a aula em campo, tendo acesso a uma área real de reabilitação. “A gente vê na teoria os métodos de como fazer a recuperação de uma área, e aqui se vê na prática como as coisas acontecem. Tudo o que os alunos viram aqui vai contar para serem profissionais de qualidade formados na região”, declarou.
Yandra Vitória Pinto Guimarães, 16 anos, que está no penúltimo semestre do curso Técnico em Florestas, disse que a visita foi muito importante para a turma que estará se formando no final deste ano. “Aqui tivemos uma vivência maior com profissionais da área e isso é muito importante porque somos a primeira turma de Técnicos em Florestas que o Campus de Óbidos está formando”, destacou.
A tecnologia aplicada nas áreas de reabilitação visitadas pelos estudantes e professores do IFPA Óbidos na empresa Alcoa, em Juruti, está na vanguarda do mercado mineral e agrega, ainda, um componente social com a participação das comunidades locais. “As comunidades participam do processo, com o cultivo, venda e plantio das mudas nas áreas mineradas, com orientação e apoio da empresa”, conta Lucy Jesus, gerente de Saúde, Segurança e Meio Ambiente da Alcoa Juruti.
A engenheira florestal Susiele Tavares, responsável pelo Programa de Reabilitação de Áreas Mineradas da Alcoa Juruti, recebeu o grupo de visitantes e explicou pessoalmente as práticas de restauração ecológica desenvolvidas pela empresa e todo o monitoramento de fauna e flora realizado antes, durante e depois da mineração. “A visita é uma forma de proporcionar aos estudantes uma visão técnica e prática da profissão, dando elementos para avaliarem melhor a sua atuação e carreira no futuro. Além disso, apresentamos a eles um método inovador e pioneiro na Amazônia para restauração ecológica das áreas mineradas”, completou.
Esta visita fez parte do Programa Visita da Comunidade, que vem sendo desenvolvido pela empresa desde a sua chegada em Juruti para manter a transparência das operações da empresa e melhor esclarecimento da população sobre a atividade mineral.