Mineradora Mhag amplia produção de minério
23/10/07
Com um novo sócio, abertura de capital e a crescente demanda mundial por minério de ferro, a mineradora Mhag revisou suas metas e, a partir de 2011, quer produzir 30 milhões de toneladas ano – três vezes mais do que a última previsão para os próximos anos, de 10 milhões T/ano. Para atingir o novo objetivo, a companhia precisará de US$ 1,6 bilhão (R$ 2,89 bilhões). Explorando minas em Jucurutu (município potiguar localizado a 262 quilômetros de Natal) e na Paraíba, a Mhag produz hoje cerca de 600 mil toneladas anuais. Uma quantidade que, embora significativa, vai parecer pequena diante das 10 milhões de t/ano que deverão estar saindo das lavras da Mhag já em 2009 – antes, o plano era começar com ?modestas? 3,6 milhões t/ano. Para atingir o novo objetivo, a Mhag conta com a sócia a trading Noble Group – cuja compra de 30% das participações da mineradora ocorreu em julho passado. Além disso, espera investimentos a partir do mercado de capitais: a previsão é lançar as primeiras ações (IPO) no fim do próximo ano, no qual quer captar cerca US$ 650 milhões. Segundo o diretor presidente da Mhag, Pio Sacchi,, há seis bancos interessados em coordenar a operação. De acordo com Sacchi, outro fator que sustenta a previsão é que o mercado de minério de ferro está crescendo a 10% ao ano. ?Nós temos reservas de um minério de boa qualidade, então é uma boa oportunidade?, diz ele. Mas, para a Mhag crescer desta forma, precisa de infra-estrutura para escoar sua produção. Por isso, toca um projeto que, quando concretizado, vai garantir ao Rio Grande do Norte um terminal de granéis sólidos, que será construído em Porto do Mangue (Litoral Norte). O custo do empreendimento, que inclui uma unidade pelotizadora de 5 milhões de toneladas, está estimado em US$ 622 milhões (R$ 1,12 bilhão). Já a infra-estrutura existente no Porto de Suape (PE), onde a mineradora já possui um terminal com capacidade para 300 mil toneladas por mês, deve passar por expansão. A mineradora tem reservas estimadas em 3,77 bilhões de toneladas, as quais, segundo Sacchi, garantem minério o suficiente para exploração por quase 50 anos. A Mhag também vai explorar comercialmente outros dois blocos, em Cruzeta (RN) e São Mamede (PB). Além disso, a companhia possui 53 registros de lavras, não só nos estados já citados como também no Ceará e Piauí. Segundo Sacchi, o minério tem 67,5% em média de teor de ferro e ?baixíssimos contaminantes?.
Tribuna do Norte – RN