Novos aportes impulsionam economia de Mato Grosso
13/08/07
Longe dos campos onde brotam a soja e o algodão e onde pasta o novilho precoce, o presidente da Fiemt, Mauro Mendes, dirige a metalúrgica Bimetal, em Cuiabá. Ele é o maior fabricante de torres para linha de energia elétrica e de telefonia do país e, daqui, atende todo o território nacional e até o mercado externo. Nos próximos 10 anos espera-se um incremento no setor de mineração sem precedentes, com a auto-suficiência do Estado na produção de fosfato. A cervejaria Petrópolis já prepara suas bicas para produzir cerveja em Rondonópolis, de olho nos mercados do Sul, de outros Estados do Centro-Oeste e Nordeste. Isto sem falar no próprio agronegócio, que já responde por 47 frigoríficos no Estado, aproveitando-se da criação de gado em todos os quadrantes. O Médio-Norte vive a expectativa da chegada da Perdigão, da presença da concorrente Sadia com sua linha de assados e alimentos pré-preparados e do novo sonho do brasileiro de produzir aqui a energia do Etanol e do Biodiesel, que hoje impulsiona a luta contra o aquecimento do planeta. O Estado vive situações diferenciadas: “Atualmente ocupamos 246 mil hectares para a produção de etanol. Precisamos quadruplicar esta área para produzirmos o suficiente que justifique um alcoolduto”, explica o secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Alexandre Furlan. Biodiesel – Para chegar a estes números existem parcerias de peso como a que o Estado firmou com a empresa holandesa Agrenco, que possui unidades na França, Itália, Reino Unido, Noruega, Cingapura e Argentina e que desde dezembro está investindo R$ 130 milhões no seu complexo industrial de Alto Araguaia. Serão produzidas 165 mil toneladas de biodiesel 100% puro e, ainda, de quebra, gerados quase 200 mil megawatts (MW) de energia elétrica. Estão sendo criados no município 150 empregos diretos.
A Gazeta – MT