Prefeituras de Minas Gerais vêem na Mineração oportunidade de crescimento
30/08/07
Durante o Seminário ?Bauxita e Alumínio: Desafios e Perspectivas?, realizado em Belo Horizonte (MG) nos dias 28 e 29 de agosto, pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), prefeituras do Estado participaram ativamente das discussões sobre a indústria do alumínio e a exploração de bauxita (matéria-prima do alumínio) na região. O prefeito de Simonésia, Laerte Augusto, revelou, na ocasião, que a população de 18 mil habitantes, está consciente do papel da mineração no município. A cidade ? a 340 km de Belo Horizonte ? vive do cultivo de café que acontece apenas em quatro meses do ano. A mineração traria oportunidades de emprego e desenvolvimento econômico para os moradores de Simonésia. ?Nosso município é carente na questão do emprego. Não temos indústrias. Estamos derrubando o estigma de que a mineração é excessivamente depredadora. Percebemos que a exploração com responsabilidade e com o compromisso de reflorestar a área após o trabalho pode trazer benefícios para a cidade?, desabafou. De acordo com o prefeito, a Mineração Curimbaba (associada do IBRAM) tem proporcionado mais estrutura na cidade. ?Já realizamos trabalho de calçamento de ruas e serras aqui em Simonésia com recursos da empresa mineradora. E, ainda, há a promessa de mais alguns empreendimentos, como a formação de uma banda de música para crianças aqui na cidade?, comemorou. A empresa, que existe desde 1961, em Poços de Caldas, na exploração de bauxita, entre outros minerais, tem feito pesquisas na região de Simonésia. O mesmo não acontece em Manhuaçu, a 270 km de Belo Horizonte. A idéia de Eduardo Bazém, do Serviço Autônomo de Água, da prefeitura da cidade, é levar seminários como o da Bauxita/Alumínio para essas regiões, como forma de facilitar a comunicação e esclarecer o papel da mineração. ?A Mineração Curimbaba tem feito levantamento na nossa cidade. A região é extremamente rica e possui grande reserva de bauxita. Acho que havendo os princípios da sustentabilidade e um equilíbrio entre a exploração responsável e o meio ambiente, a mineração pode se transformar em mais uma economia para Manhuaçu, além do plantio de café?, afirmou. Para Eduardo Bazém, a mineração pode beneficiar a região de Manhuaçu, mas desde que a população já esteja consciente para a novidade. ?A população de 70 mil habitantes precisa estar informada quanto aos projetos que serão implantados na cidade onde moram?, reafirmou. Representantes da Prefeitura Rio Acima também estiveram presentes no Seminário. A bióloga da Secretaria do Meio Ambiente do órgão, Tatiana Andrade Romaskeris, afirmou que a população já está apresentando problemas antes mesmo da instalação de mineradoras. Segundo ela, a Mundo Mineração está em fase de construção da fábrica e o movimento de caminhões por causa das obras incomodam os moradores. Para resolver o problema da poeira, a prefeitura disponibilizou um caminhão-pipa para jogar água nas estradas e diminuir o incômodo. ?Estamos aqui para ter mais informações sobre a exploração de bauxita. Estamos abertos para o estabelecimento de parcerias com as mineradoras. O nosso município está todo dentro de uma Área de Preservação Ambiente. E este fato preocupa a população. Muitos temem a poluição nas nascentes dos rios. É preciso fazer reuniões com moradores e explicar o trabalho das empresas de mineração. Mostrar a exploração responsável e consciente?, afirmou a bióloga.
Assessoria de Imprensa do IBRAM