Seis grandes potências e UE vão esperar novembro para sancionar o Irã
01/10/07
As seis grandes potências e a União Européia, envolvidas nas discussões sobre o nuclear iraniano, vão esperar novas informações sobre o programa de Teerã, que devem chegar em novembro, antes de propor sanções reforçadas na ONU, segundo um comunicado comum. “Concordamos em finalizar um texto para uma terceira resolução de sanções no Conselho de Segurança”, declararam os ministros das Relações Exteriores de Estados Unidos, Rússia, China, Grã-Bretanha, França e Alemanha, assim como a UE, neste comunicado.
O texto destaca que os assinantes pretendem “apresentar (este futuro documento sobre as sanções) ao Conselho para votação, a menos que os relatórios” do chefe da diplomacia européia, Javier Solana, e do diretor-geral da Agência Internacional da Energia Atômica (AIEA), Mohamed ElBaradei “mostrem que estão tendo sucesso em seus esforços”. Estas novas sanções reforçadas têm por objetivo obrigar o Irã a abandonar seu programa de enriquecimento de urânio.
Solana e ElBaradei devem apresentar em novembro um balanço de suas discussões com Teerã.
“Vamos esperar novembro. Ainda não sabemos o que haverá nos relatórios”, frisou o chanceler francês, Bernard Kouchner. Os Estados Unidos pressionaram para que uma terceira resolução mais dura possa ser aprovada sem demora pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas. No entanto, Rússia e China quiseram dar mais tempo à AIEA, que concluiu em agosto um acordo com o Irã, segundo o qual Teerã se compromete a responder a perguntas da agência sobre seu programa nuclear.
“Continuamos seguindo dois caminhos ao mesmo tempo: o das negociações e o das sanções”, disse Kouchner. Depois de criticar a iniciativa da AIEA, os ocidentais a apoiaram No entanto, a França e os Estados Unidos destacaram que ela não exime o Irã de sua obrigação de suspender suas atividades de enriquecimento de urânio. Pressionada pela França, a UE analisa a viabilidade de novas sanções contra Teerã fora do contexto da ONU. Entretanto, com exceção dos britânicos e dos holandeses, os outros europeus não estão de acordo.
AFP