Setor de máquinas para construção dispara
05/11/07
O mercado de equipamentos para construção vive um ano de grande impulso, por conta do grande número de obras, em áreas que vão de refinarias e gasodutos da Petrobras a projetos de mineração, além de obras rodoviárias e imobiliárias. Estudo inédito feito pela Sobratema (Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção) estima uma alta de 46% na demanda de equipamentos neste ano em relação a 2006. O crescimento das vendas veio em boa hora. O segmento tradicionalmente vivia até este ano ciclos, com altas de quatro em quatro anos, o que teria relação com as eleições. ?A indústria se preparou para ter um final de ciclo, que não ocorreu, a linha de crédito melhorou, tem havido investimentos e o mercado se mostra aquecido?, afirma o vice-presidente da associação, Erimilson Daniel. A empresa de Daniel, a Escad, sediada em Santo André e uma das maiores locadoras de máquinas de terraplenagem do País, sente essa melhora. ?Devemos bater os 20% de alta nas vendas?, afirma. Contratações – Com cinco filiais espalhadas pelo País, 130 funcionários e mais de 300 equipamentos, a Escad aproveita o bom momento e sente problemas típicos de um mercado muito aquecido: a falta de mão-de-obra qualificada. ?Preciso de mecânico especializado em mecânica pesada e não encontro. Admiti 11 aprendizes e tive de oferecer treinamento?, disse Daniel. Outra grande empresa do ramo também vem em expansão. A Eurobras, instalada em Santo André e que fabrica estruturas provisórias (módulos metálicos) habitacionais para canteiros de obras, tinha 187 funcionários em 2006. Hoje conta com 230. Deve contratar mais 5% a 10% em 2008. Com um volume atual de 400 módulos fabricados por mês e com clientes de peso como a Petrobras ? a qual atende diretamente ou por meio de pedidos feitos por construtoras ?, a companhia projeta crescer de 20% a 25% sobre os resultados de 2006. Tendência – A perspectiva do setor é manter uma rota de crescimento nos próximos anos. De um total de R$ 19,2 bilhões movimentado pelo mercado neste ano, estima-se que o segmento vai girar R$ 27 bilhões em 2012, ou 7,5% ao ano. Para 2008, a Sobratema projeta crescimento de 13% nas vendas de equipamentos.
Diário do Grande ABC