Urânio brasileiro: empresas querem explorá-lo no exterior
03/10/07
O Brasil detém a sexta maior reserva de urânio do mundo, mas ela só pode ser explorada pelo governo federal, conforme determina nossa Constituição. Todavia, a cotação do produto passou de US$ 12, em 2004, para US$ 135, em junho de 2007, quando começaram a escassear as reservas militares dos americanos e russos. Esse salto de mais de 1.100% chamou a atenção das mineradoras brasileiras, que agora pressionam as autoridades federais pelo direito de minerar urânio em solo nacional. Caso contrário, elas irão explorar o minério em outros países, assim como fez a Vale do Rio Doce, que acaba de investir R$ 6,5 milhões na Austrália. Pensando nisso, o presidente da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, deputado José Otávio Germano (PP), deu início a um trabalho de pesquisa para ouvir especialistas e técnicos do governo sobre o assunto. O plano é quadruplicar a atual produção brasileira até 2012, para atender à s usinas nucleares de Angra I, II e III e, além disso, se preparar para suprir as oito usinas previstas para o País até 2030.
Diário do Comércio – RS